domingo, 24 de junho de 2007

Velórios (Ao Menos O Meu) Como Deveriam Ser... Por Fábio Batalha

Pedido Póstumo

Dia desses tava pensando no dia do meu passa-fora. Pra quem não conhece o termo, é o equivalente à Já Vai É Tarde, Não Volte Tão Cedo, ou no vox-populi, Funeral. Não gostaria que fosse aquela coisa batida, trivial de sempre, poderia até ser econômico. Eu não estaria lá mesmo pra ver a coisa rolar. Tudo, menos o trivial. Vão aqui algumas sugestões válidas pra “animar a festa” :
Em primeiro lugar, eu odeio cheiro de vela queimada, pense num troço chato. Podem substituir por incensos, é mais barato e cheira bem melhor.
Em segundo lugar, nunca fui muito chegado a flores, muito menos cravo, que só é usado em eventos funestos, diga-se de passagem, velório, casamento, etc...
Terceiro. Pra animar mais os piadistas de plantão (sempre há um ou dois em velório) convidem ao menos um profissional pra evitar aquelas piadas batidas e mal contadas.
Quarto lugar. Pelo amor de Deus, se for pra rolar música faz uma coletânea das que eu mais gostava pra todo mundo saber que o defunto tinha bom gosto, mas não empurra nos meus ouvidos mortos hino de igreja.
Quinto. Lembrem que eu era Designer Gráfico. Tenham, ao menos, o bom senso de chamar um de meus pares pra fazer um mix de minhas melhores fotos, assim não saio tão feio na arte, e manda fazer um panfleto ressaltando minhas boas qualidades pra ver se eu entro direto no céu, sem parada obrigatória no purgatório. Eu odeio santinho.
Outro ponto importante. Mantenham sempre a mão caneta e papel para os paqueradores de plantão, eles nunca faltam a um velório e sempre esquecem de trazer material pra enviar número telefônico.
Ah, eu sou kardecista, por isso nada de padre, pastor nem pensar...
Bem acho q por enquanto é só, caso eu lembre de algo mais antes de bater as botas eu incluo.

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