terça-feira, 12 de junho de 2007

Aos Namorados... Por Fábio Batalha



Segundo meu ponto de vista, os namorados deveriam ser assim:
- Ao abraçar a cara metade, eles não sentem apenas um corpo de encontro ao seu, eles tentam fazer parte da essência do outro;
- Ao beijar, eles não desejam somente provar seu sabor, eles desejam ir ao céu, nem que seja o da sua boca;
- Ao tocar sua pele, eles tentam sentir um mundo, nem que seja de possibilidades, na palma de suas mãos;
- Ao ouvir o parceiro, eles escutam melodias, algumas suaves, outras melancólicas, algumas alegres, mas que compõem um soneto completo;
- Ao falar com o seu amor, eles esperam que tudo seja música, reprises de filmes bons, e tudo o mais que compõe um cenário feliz;
- Ao fechar os olhos, tem uma imagem ainda nítida da pessoa amada em sua mente, e ao abrir será do mesmo jeito;
- Ao fazer amor, sentirão que sexo, tão importante na maioria das relações, acabou de virar um mero complemento para os dois;
- Ao andar na rua, verão que tudo ao seu redor é tão somente um cenário onde os dois tem os papeis principais;
- Ao ler, sempre verão um ao outro nas partes boas, e com certeza vão querer pular as partes ruins por não ter nada a ver com a imagem do seu amor;
- Ao dormirem, mesmo a distância, sentirão seu peso e forma ao seu lado na cama;
- Ao acordar sentirão sua falta na mesa do café, e vão querer dar bom dia um ao outro;
- No almoço, sempre vão pensar que falta um toque especial do seu bem na comida;
- E o jantar, se não houver velas e a figura querida a sua frente na mesa, vai virar um simples lanche das 18:00h.
Em suma, os namorados procuram seu complemento. Cheios de ilusões maravilhosas, mesmo que misturadas ao cotidiano que insiste em perturbar. E mesmo que não haja um encaixe perfeito entre as partes, eles sempre vão tentar dar um jeitinho de transformar as diferenças em virtudes e da imperfeição, uma palavra que pede tradução.

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