quinta-feira, 6 de maio de 2010

Ditados INpopulares - por Fábio Batalha

Nem todo pecado mora ao lado
Quase nunca se da à outra face
Todo santo tem pés de barro
Quase sempre o ponto acaba a frase.

Quase todo pau é oco
Quem fere com ferro, nem sempre é ferido
Nem todo galho nasce torto
Antes só que mal assistido

Chutar cachorro morto é fácil
A sorte de um é o azar do outro
Caiu do cavalo um tanto grácil
Nem tudo que reluz é ouro

Nem todo ditado é claro
Nem todo sentido é dito
Nem todo caso é acaso’
Nem todo motivo é lido

Amigo faz negócio à parte
Cada cabeça tem uma sentença
Calar a boca virou arte
A ignorância é uma benção

Quem espera sempre alcança
Quem não arrisca não petisca
Quem quer vai ou manda
Esmola demais o santo desconfia

Pimenta no do outro é refresco
Para frente é que se anda
De boa intenção o inferno tá cheio
De grão em grão se enche a pança

Nem todo ditado é claro
Nem todo sentido é dito
Nem todo caso é acaso
Nem todo motivo é lido

A ocasião faz o ladrão
Para narciso bonito é espelho
A pressa é inimiga da perfeição
E muito lobo em pele de cordeiro

Nem todo cão que ladra morde
Cavalo dado não se olha os dentes
Nem todo mal que vem é sorte
Toca em frente que atrás vem gente

Filho de peixe nada bem
Macaco velho corre de cumbuca
O bom filho pra casa vem
Cutucar a onça com vara curta

Quem não arrisca não petisca
A noite todo gato é pardo
E a ovelha negra da família
Vê o barato sair caro

Nem todo ditado é claro
Nem todo sentido é dito
Nem todo caso é acaso
Nem todo motivo é lido

Mas quem não deve não teme
Quem não tem cão, caça com gato
Quem nunca comeu melado,
quando come se lambuza.
Tudo que é bom dura pouco
Mas antes tarde do que nunca