terça-feira, 6 de maio de 2008

Paraguaios Maceioenses por Fábio Batalha

Chegamos ao fim dos tempos. Quando nada mais se cria, quando tudo vira xérox, resta apenas esta acertiva calamitosa (será que este termo existe?). A frase que diz que na vida nada há de se criar, mas tudo há de copiar-se era na realidade uma premonição demoníaca, algo digno de Rasputin. Antigamente era fácil distinguir o que era uma “cópia” e o que era “original”. Hoje, em plena era da pirataria, nem mesmo a cópia se mostra confiável, ao menos se formos julgar suas próprias limitações como cópia. Lembram do whisky paraguaio? Ou do vinho francês falsier? Isto é passado! Agora a moda é copiar a cópia. Reinventar a pirataria e rever conceitos. Rever? Copiar conceitos.Não dá pra confiar em mais nada, nem mesmo no “meio confiável”. O DVD pirata esta cedendo espaço ao DVD genérico, é, aquele gravado dentro da sala de cinema com gente passando de um lado pro outro. Até mesmo as grandes falsificações estão cedendo lugar a outras de pequeno porte... Pasmem, o caixa da padaria estava passando a unha numa nota de 1 real pra sacar se era origem. A que ponto chegamos. Não dá pra confiar em nada nem ninguém. A cocaína é “batizada”; a bebida, misturada; o DVD é copiado da cópia; a xérox, mal impressa por tonner de baixa qualidade (provavelmente pirata). Eu estou começando a achar que estou fora de moda por não usar tapa olho ao sair na rua. E não se iludam, pois o problema também atinge aos seres humanos, ou por acaso, você pode atestar com absoluta convicção que aquela loura que você saiu semana passada é realmente uma blondie ou uma louracia (loura de farmácia)? Se pode parabéns. Aproveite e conserve esta genuína matéria humana loura por muito tempo, pois trata-se de um artigo raro, o original de fábrica. No quesito caráter, este, sempre dúbio desde os princípios dos tempos por sua maleabilidade, agora torna-se digno de processos. Se você não tem um detector de mentiras no bolso só lhe restará a opção de arriscar-se. É tudo falso, ou no mínimo questionável. Que o diga nosso amigo Ronaldinho (rs).

PS: Este artigo não é uma critica as "louracias" ou até mesmo a opções sexuais de qualquer tipo, e sim, ao exagero que se comete hoje em dia quando o assunto é cópia.