quarta-feira, 21 de agosto de 2013

21.8

Há dias em que acordamos lobos
Famintos, vorazes, cruéis na sanha de saciar a fome
Há dias em que acordamos cordeiros
Mansos, delicados, sensíveis procurando um colo
Há dias em que somos espertos, geniais
E em meio a tanto orgulho pisamos sem olhar quem ou onde
Um dia acordamos tolos
Completamente imbecilizados, a mercê dos lobos e espertos
Há dias até em que gostaríamos de nem ter nascido
Enxergando o quanto fomos lobos, espertos e quase nunca cordeiros
E há dias como hoje
Um dia que pode muito bem ser esquecido,

mas que no fim só queremos mesmo é viver

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