A deusa da minha rua
Era dona da cidade inteira
Não costumava se embriagar
Mas quando o fazia
Costumava se aconchegar
Em seu leito de dorso e seios
E essa dona que aqui vivia
Tinha amanhecer tristonho
Mas que a tarde brilhava
Se tornava dourada, mas escurecia
E dormia assim como no começo,
Meia triste, meio seca, meio assim
Seus espelhos sempre turvos
Mostravam reflexos de passado
Mas seus reflexos nunca presentes
Mostravam que nunca seria dona
Nem tomaria sua posse, nem sua pose
Não parecia ser daqui.
E assim se foi a deusa
A deusa da cidade inteira
Foi ser dona de outras estradas
Deusa de outras ruas
Continua dormindo tristonha
Mas inda brilha dourada e nua pra mim
terça-feira, 5 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
EU NÃO SEI DIZER O QUE QUERO DIZER
Eu não sei fazer poesia, mas eu rimo
Não possuo a métrica infalível
Nem tampouco as regras que a regem
Não posso vocábulos suficientes
E menos ainda, possuo riqueza verbal
Meus sentimentos se perdem
Em meio à cacofonia de rimas fracas
Desvio da lógica quando abraço o som
E me perco entre os tempos dos verbos
Mesmo agora me vejo travado
Sem saber se rimo ou se continuo pausado
Entre uma intenção e a tensão
Das palavras que queria sussurrar
E foram ditas aos gritos
Perdendo-se no meio do caminho
Que podiam levar a um coração.
Não possuo a métrica infalível
Nem tampouco as regras que a regem
Não posso vocábulos suficientes
E menos ainda, possuo riqueza verbal
Meus sentimentos se perdem
Em meio à cacofonia de rimas fracas
Desvio da lógica quando abraço o som
E me perco entre os tempos dos verbos
Mesmo agora me vejo travado
Sem saber se rimo ou se continuo pausado
Entre uma intenção e a tensão
Das palavras que queria sussurrar
E foram ditas aos gritos
Perdendo-se no meio do caminho
Que podiam levar a um coração.
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