não se vê lágrimas sob a chuva
Nem sombras no escuro
Não há peso n’água
Nem oxigênio no suspiro
Um momento não é sentido
Os minutos são esquecidos
Não se sente a presença
Do que invade todos os sentidos
Como se sente?
Ainda se sente?
Há rima ausente?
Qual é a semente?
Não se esquiva do tempo
Quem se desvia do dia seguinte?
Todo mundo nasce rebento
Nem todo mundo tem fome
Quem deita tem sono
Quem sofre o faz acordado
Mas todos se deitam
Aproveitando o regalo
Como se sente?
Ainda se sente?
Há rima ausente?
Qual é a semente?
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