quinta-feira, 25 de março de 2010

Ente - Fábio Alexandre Batalha

não se vê lágrimas sob a chuva
Nem sombras no escuro
Não há peso n’água
Nem oxigênio no suspiro

Um momento não é sentido
Os minutos são esquecidos
Não se sente a presença
Do que invade todos os sentidos

Como se sente?
Ainda se sente?
Há rima ausente?
Qual é a semente?

Não se esquiva do tempo
Quem se desvia do dia seguinte?
Todo mundo nasce rebento
Nem todo mundo tem fome

Quem deita tem sono
Quem sofre o faz acordado
Mas todos se deitam
Aproveitando o regalo

Como se sente?
Ainda se sente?
Há rima ausente?
Qual é a semente?

Nenhum comentário: