Não ocupo o tempo a cata do que se foi
Mesmo que me perturbe a ausência do que não sinto
Não procuro a prova dos terceiros que provam
Nem a prosa dos que nada provam
Lorotas
Mesmo que me obrigue à justiça falha
A memória escorre entre dedos sem que tentem agarrá-la
E mesmo assim se vai, sem garra
Pois a perda, se é que é perda
Até a perda me é rara
Pois se perde aquilo que nos pertence
Se não me pertence, não é meu
Se não é meu, não me bate o peito
Se não me bate o peito não me interessa, não há de ter valor.
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